29.5.09

the better half

Somos parte de uma peça única. Somos a metade que falta e a quem falta a plenitude. Somos o pedaço que encaixa no todo que procuramos. Mas somos...
Tenho vivido entre encontros e desencontros, surpresas e desilusões, solidões acompanhadas e acompanhamentos solitários. Muitas horas convertidas em afectos, muitos dias transformados em histórias... sem metade, com metade, eu como todo, eu como parte, tu em parte nenhuma..
e uma descoberta recente, os prazeres da conversa, uma paixão repentina por cada gesto simples, as descobertas, as coincidências, os desafios intelectuais, as limitações sociais, os pecados capitais...
Pois prolonguemos o delírio, as gargalhadas, os imprevistos e estas sensações deliciosas de liberdade... que, a outra metade, tem muito tempo para aparecer!

21.5.09

um enorme sorriso

A felicidade é feita de pequenas coisas, intangíveis mas com tanto poder simbólico, que chegam quase a parecer irreais no momento em que nos acontecem.
Hoje, definitivamente, sou uma pessoa feliz.

10.5.09

vida?

Dançamos até cair para o lado, rimos como se o mundo fosse acabar, batemo-nos pelas questões que achamos deveras importantes, corremos contra o tempo, traçamos rumos e equacionamos saídas, chegadas e partidas... e isto, e aquilo e mais o resto. Tudo.
De repente, o ritmo desacelera e, em simultâneo, disparam as noções de realidade e o arco-íris em variantes de cores menos garridas e as perguntas e as respostas e o cansaço e a baralhação e as horas a passar e os dias a fugir e os planos a falhar e as surpresas a acontecer e o ar a faltar e... o que faço aqui, afinal?

6.5.09

razão
Sinto a tua falta todos os dias, a várias horas, muitas vezes. E insisto em pensar que posso agarrar-me a ti sempre que me apetecer, chorar no teu colo, partilhar todas as coisas... mas não posso.
Passaram dois anos. E, se em saudade, parece que passaram décadas... em memórias, converto a tua ausência em horas, talvez.. porque continuo a manter-te tão presente como dantes e a mencionar-te como se estivesses à distância de um abraço.
Lembro-me, muitas vezes, das horas tardias em que trocávamos impressões sobre os mais diversos acontecimentos das nossas vidas. Tu falavas-me do rumo natural das coisas e eu contrariava a tua opinião por achar que podemos mudar trajectos de situações que estão erradas. Lembro-te... tantas vezes... por querer manter-te mais viva do que me é possível.
Hoje dou-te razão: há pessoas que, de facto, não deixam de ser medíocres apesar da vontade que temos de as melhorar. E tu deste-me o maior dos carinhos e ensinaste-me a melhor de todas as linguagens - a dos afectos. E, coisas dessas, não são para desperdiçar.
Só lamento não poder encostar a minha cabeça no teu ombro e dizer-te a falta que me fazes.