6.5.09

razão
Sinto a tua falta todos os dias, a várias horas, muitas vezes. E insisto em pensar que posso agarrar-me a ti sempre que me apetecer, chorar no teu colo, partilhar todas as coisas... mas não posso.
Passaram dois anos. E, se em saudade, parece que passaram décadas... em memórias, converto a tua ausência em horas, talvez.. porque continuo a manter-te tão presente como dantes e a mencionar-te como se estivesses à distância de um abraço.
Lembro-me, muitas vezes, das horas tardias em que trocávamos impressões sobre os mais diversos acontecimentos das nossas vidas. Tu falavas-me do rumo natural das coisas e eu contrariava a tua opinião por achar que podemos mudar trajectos de situações que estão erradas. Lembro-te... tantas vezes... por querer manter-te mais viva do que me é possível.
Hoje dou-te razão: há pessoas que, de facto, não deixam de ser medíocres apesar da vontade que temos de as melhorar. E tu deste-me o maior dos carinhos e ensinaste-me a melhor de todas as linguagens - a dos afectos. E, coisas dessas, não são para desperdiçar.
Só lamento não poder encostar a minha cabeça no teu ombro e dizer-te a falta que me fazes.

1 Comments:

Blogger Alex said...

É o rumo natural das coisas...a partida forçada de pessoas que nos são queridas, com as quais, se pudéssemos, queríamos estar até ao fim das nossas vidas...e, tb. é o rumo natural das coisas, a vida mostrar-nos com quem podemos contar nas suas inúmeras dificuldades, nomeadamente, para ajudar a suprimir a ausência daquelas pessoas que foram forçadas a partir...

Força.

7 de maio de 2009 às 16:26  

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