16.12.08

indubitavelmente

Ela podia ter evitado todas aquelas coisas. Estava numa idade em que a vida deveria ter outro sabor, outras conquistas. Mas a tendência para complicar e para desgastar as relações - mesmo as de amizade - tinha-lhe valido umas quantas lágrimas e muitas perdas irreparáveis.

Talvez agora fosse tarde para evitar passos em falso, solidões e carências. Talvez ainda fosse a tempo de agarrar a atenção de alguém e de construir uma única coisa que fosse.

Ligou-me. Mas, sinceramente, já não havia lugar na minha paciência para atender aquela chamada. E dei por mim a pensar que há pessoas que não fazem mesmo falta nenhuma a ninguém.

5.12.08

quanto mais conheço as mulheres, mais gosto de homens!!!

Dou por mim a assistir a coisas absolutamente fantásticas. Essencialmente, consegui desmistificar aquela ideia de que idade é sinónimo de experiência e blá blá blá...
Não sei se é pela proximidade do Natal, mas vivemos mesmo num mundo de crianças. E é curioso que, embora o "reino da fantasia" também tenha meninos, dedico estes pensamentos às mulheres com quem me cruzo ou de quem extraio considerações:

1) Não sei quem desenvolveu a teoria de que a vulgaridade era um passaporte para a ribalta porque, definitivamente, enganou muita gente. A vulgaridade é assim tipo uma peça básica comprada num outlet porque pode dar jeito e não requer grande investimento. Até pode ser usada algumas vezes, mas só enquanto não cansa. Jamais será conjugada com a criação de um grande costureiro. Nunca eleita para "aquele momento". E voilá.. assim se resume o fim que se aguarda para muitas assinantes do manual feminino de relações fortuitas.

2) Por outro lado, é curioso assistir às manifestações de solidariedade feminina que eclodem um pouco por toda a parte. As mulheres são complicadas e, acima de tudo, perigosas: se o alvo é um homem, assumem o papel de vítimas com tal intensidade que chegam a ter pena delas próprias. Aproveitam a ocasião para fazer um "remember adolescência" e até se comportam como se tivessem entrado na máquina do tempo e recuado aos intervalos de liceu.
E nem sei se vale a pena falar de mulheres visadas por mulheres. Nesse caso, qualquer espécie de máfia é aprendiz das senhoras. É admirável a façanha de “passar a mão nas costas à procura do sítio ideal para espetar a faca”.

Depois disto, vou regressar às pipocas e à cadeira deste cinema diário. Parece que consegui um bilhete que reúne todos os géneros ficcionais e cinematográficos. Sou, portanto, uma privilegiada: obrigada a todas as mulheres que me brindam com atitudes inconcebíveis.
Ao que vejo, a criancinha que vive dentro de mim é tão inofensiva que quase chega a acreditar que há gente que ainda tem salvação.

Sim, eu hoje passei-me. Dediquei um post a gajas que não interessam ao menino Jesus (sim.. é quase Natal) e fiz aqui uma miscelânea que só mesmo tu vais perceber.

2.12.08

apenas...

E, de repente, surpreendes-me com a coisa mais simples. E despertas um sorriso que dura o dia todo... nem que seja só para nós.