16.12.08

indubitavelmente

Ela podia ter evitado todas aquelas coisas. Estava numa idade em que a vida deveria ter outro sabor, outras conquistas. Mas a tendência para complicar e para desgastar as relações - mesmo as de amizade - tinha-lhe valido umas quantas lágrimas e muitas perdas irreparáveis.

Talvez agora fosse tarde para evitar passos em falso, solidões e carências. Talvez ainda fosse a tempo de agarrar a atenção de alguém e de construir uma única coisa que fosse.

Ligou-me. Mas, sinceramente, já não havia lugar na minha paciência para atender aquela chamada. E dei por mim a pensar que há pessoas que não fazem mesmo falta nenhuma a ninguém.

1 Comments:

Blogger Marta said...

Haverá coisa mais triste do que sentir, sem margem para dúvidas, que somos o que somos só para nós próprios?

22 de dezembro de 2008 às 16:33  

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