15.1.09

desorientação

Há já muito tempo que ela não sabia que destino seguir.
Uma pista aqui, outra ali...mas todas em diferentes direcções. E sem nenhum aviso da distância que ainda havia a percorrer.
Sentou-se na beira da estrada durante horas à espera que passasse alguém, até que adormeceu sem saber onde.
Quando acordou, percebeu que bastava olhar em frente. Fosse qual fosse o lugar, bastava que ela soubesse para onde queria ir. Se a próxima paragem estava no (seu) mapa, ela havia de chegar.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

No fundo, a sabedoria do destino é a nossa própria. Porque a acompanhamos com uma consciência incessante daquilo que, no fundo, nos é permitido fazer. Podemos estar sujeitos a algumas tentações mas nunca nos enganamos. Agimos sempre no sentido do destino. As duas coisas formam uma só.
Quem se engana é porque ainda não compreende o seu destino.
Quer dizer, não compreende qual a resultante de todo o seu passado - o qual lhe indica o futuro. Mas quer o compreenda ou não, indica-lho à mesma. Cada vida é aquilo que devia ser.

Cesare Pavese, in 'O Ofício de Viver'

18 de janeiro de 2009 às 20:14  
Blogger O Amigo do Café said...

Desde que a paragem não seja uma estação, por mim tudo bem... ;)

25 de janeiro de 2009 às 01:56  

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